Este hexagrama fala do relacionamento entre o Sábio, que fala através do I Ching, e a pessoa que o consulta. O Sábio só virá em nossa ajuda se tivermos uma atitude correta, se confiarmos no Poder Superior, no TAO. Se formos céticos, cínicos ou hostis, ele permanecerá distante e as resposta serão sempre incompreensíveis. Na medida em que somos descrentes, bloqueamos qualquer ajuda que possa vir do Sábio. Ele não ajuda a quem não tem humildade e mente aberta.
Ao consultarmos o I Ching, devemos nos livrar das idéias preconcebidas. Elas dificultarão o aprendizado e a solução do problema que nos aflige. É preciso também superar o medo que temos das respostas do I Ching. É como se elas pudessem destruir as nossas defesas, como se fôssemos incapazes de enfrentar uma determinada verdade. Cada vez que consultamos o I Ching, temos uma nova lição. Se consultamos constantemente, então, cada lição deve ser concluída em breve espaço de tempo.
Se o consultamos uma vez por ano, a lição talvez requeira bem mais tempo para ser compreendida. Essas lições, obviamente, não acontecem apenas através do I Ching, embora ele seja uma espécie de lanterna que nos permite atravessar o caminho de forma mais segura.
Às vezes, este hexagrama nos fala também da tendência a pensar que não há um meio de superar os obstáculos. Mas a melhor maneira de superá-los é através da perseverança, apegando-nos ao que já sabemos que é correto. O Sábio, na verdade, não nos dá respostas imediatas. Ao contrário, desdobra cada passo a ser dado num longo caminho. O difícil é superar os medos, deixar a insensatez juvenil de lado e entender o que o Sábio quer dizer. Para isso, é preciso aceitar as próprias fraquezas e erros, com modéstia e bondade. Assim, ficará mais fácil entender também as fraquezas e erros alheios e, conseqüentemente, atrair outras pessoas ao caminho superior.
Texto elaborado por Wu Fang.
Expansão e Boa Sorte!