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Hexagrama 14. TA YU / Grandes Posses

Finalmente a luz se fez e já é possível compreender o que se passa à nossa volta.


Este hexagrama se refere ao estado de serenidade e independência interior que atingimos quando perseveramos e tentamos encontrar o caminho correto. Neste estado, somos a manifestação do Poder Superior. A independência interior é um bem adquirido após superarmos a autopiedade.

O caminho correto é um bem adquirido ao abdicarmos de atos equivocados.


O Hexagrama revela que se, de fato, possuímos alguma coisa ela não pode ser perdida ou destruída.


O que ganhamos - o progresso conquistado com esforço árduo - não pode ser perdido, ainda que haja recuos temporários. Rupturas em nossos relacionamentos, por exemplo, podem ser uma oportunidade para uma melhoria de atitudes e aprendizado.


O que o I Ching chama de "Grandes Posses" tem a ver com clareza mental, desprendimento e segurança interior. Não é algo que possamos simplesmente criar, usando nosso esforço. Ocorre quando nos encontramos em harmonia com o Cosmo. Essa harmonia existirá enquanto seguirmos o que é bom e verdadeiro. Diante do mal, devemos nos acautelar para que os elementos inferiores não nos contaminem.


A conquista de "Grandes Posses" é um encontro com o Criativo. Uma vez que isso aconteça, é importante não abusar do poder assim gerado. Existe o perigo de ficarmos demasiado duros, esquecendo que tudo o que conquistamos não foi fruto apenas de nosso esforço. Só conseguimos o que conseguimos graças ao Poder Superior. Ele é o responsável por nosso sucesso. Não devemos também cair na tentação de esquecer a modéstia. É o cultivo da modéstia e da independência interior que nos manterá no caminho do sucesso.


Devemos nos manter afastados, não aceitando as lisonjas nem aceitando desafios que nos levem a atitudes defensivas. Aqueles que tentam nos desafiar emocionalmente devemos deixar seguir o seu caminho.

Texto elaborado por Wu Fang


Expansão e Sucesso!

O que diz C. G. Jung sobre o I Ching



"O I Ching não oferece provas nem resultados; não faz alarde de si nem é de fácil abordagem.
Como se fora parte da natureza, espera até que o descubramos. Não oferece nem fatos nem poder, mas, para os amantes do autoconhecimento e da sabedoria - se é que existem - parece ser o livro indicado.
Para alguns, seu espírito parecerá tão claro como o dia; para outros, sombrio como o crepúsculo;
para outros ainda, escuro como a noite. Aqueles a quem a ele não agradar não têm por que usá-lo, e quem se opuser a ele não é obrigado a achá-lo verdadeiro. Deixem-no ir pelo mundo para benefício dos que forem capazes de discernir sua significação."


C.G. Jung

Wei Chi

"O homem superior não se afasta dos Caminhos do Sábio, e assim encontra o sucesso absoluto."

O Tao aplicado ao Livro das Mutações


O Livro das Mutações é vasto e grande. Quando se fala do longínquo, ele não conhece fronteiras. Quando se fala do que é proximo, ele permanece calmo e correto. Quando se fala do espaço en tre o céu e a terra, ele abrange todas as coisas.


Aqui o Livro das Mutações é relacionado ao macrocosmo e ao microcosmo. Primeiro, indica-se a extensão de seu domínio no plano horizontal, sua vastidão. Suas leis regem o mais longínquo tanto quanto o mais próximo, assim como nas leis que se traz em seu próprio interior. Em seguida, indica-se a direção vertical, o espaço entre o céu e a terra, pois os destinos dos homens lhe vêm, por assim dizer, do alto, do céu.


I Ching - O Livro das Mutações. Prefácio de C. C. Jung. Editora Pensamento.


O Grande Tratado (O Grande Comentário) TA CHUAN
Capítulo VI  - 8ª Asa - Confúcio.




Hexagrama 13. T'ung Jên / Comunidade com os Homens


  A verdadeira fraternidade é a união que mantemos com o
                                      Poder Superior.


Este hexagrama aponta para o refinamento espiritual, para o senso de humanidade que existe em todos nós. Em qualquer espécie de união, é fundamental que as pessoas tomem conhecimentos dos medos, dúvidas e expectativas existentes em cada parte. Se todas as partes tentarem lidar com essas questões sinceramente, poderá se estabelecer um entendimento profícuo. Um entendimento baseado em confiança mútua e fraternidade.

Se tivermos reservas em relação a uma determinada pessoa, está arruinada qualquer possibilidade de acordo. Ao fazermos acordos com quem quer que seja, devemos, antes, ter certeza de que não existem reservas ocultas na atitude de um ou outro. Se ficarmos atentos, geralmente, essas reservas vêm à tona. Quando isso ocorre, cabe a nós deixar o acordo de lado até que as diferenças tenham sido resolvidas.

O hexagrama nos diz também que uma união duradoura - entre nós e Deus, entre marido ou mulher ou entre quem quer que seja, deve se basear em conceitos universais. Ou seja, as uniões devem ser justas sob o ponto de vista de todas as pessoas envolvidas.

Simpatias e antipatias devem ser deixadas de lado em benefício do que é mais importante. Receber este hexagrama pode querer dizer ainda que é preciso rever nossa atitude na comunidade. Será que é correto o que esperamos dos outros?

Seguir os princípios da fraternidade não equivale a ter que gostar dos outros quando sentimos o contrário. Também não significa que devemos considerar as pessoas dignas de crédito antes que elas nos dêem prova disso. É claro que devemos nos mostrar reticentes quando os outros demonstram não estar sendo sinceros conosco. Unir-se em comunidade requer cuidados. Isso não quer dizer, porém, que devemos alimentar desconfianças. Com essa atitude, despertamos nos outros a mesma desconfiança em relação a nós mesmos e impossibilitamos o surgimento de um relacionamento satisfatório.

Om Sabedoria Om

Texto elaborado por - Wu Fang.

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